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domingo, 10 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

EXTRAÇÃO DE SAL

Você sabe como é obtido o sal de cozinha?

Provavelmente você já ouviu falar que o nosso famoso sal é extraído da água do mar. Mas você sabia que ele também pode ser obtido a partir de uma montanha rochosa?

Pois é, em Cusco, no Peru, há uma salineira que fica em um vale chamado Maras (lágrima) a 3300 m  acima do nível do mar. 

Uma água com alto teor de sal sai de dentro da montanha e é direcionada em pequenos canais construídos pela extinta Civilização Inca em tempos pré-colombianos e distribuídos em aproximadamente 3 mil poços (cavidades rasas retangulares)  que descem ao longo da montanha.  
Veja as imagens abaixo:
Canal com água descendo a montanha




Detalhe dos canais que conduzem a água salgada entre os poços


Esta água é evaporada naturalmente e o sal fica depositado sobre a cavidade, onde é recolhida e processada manualmente.
Detalhe dos tanques para evaporação na Salineira de Maras

Pedras de sal formadas após evaporação da água. A coleta é feita através de raspagem manual do material depositado




Vista de cima da Salina de Maras

A produção desta salineira é destinada aos mercados da região.
Produto final da Salineira de Maras

O processo da extração do sal das montanhas, é muito parecido com o que temos no Brasil a partir da água do mar, dá-se através de dois processos de separação de misturas, pela evaporação da água e cristalização do sal.

 Devido a sua origem como cristal de rocha no interior da montanha o sal obtido é mais puro que o extraído da água do mar.

 O sal de cozinha é denominado quimicamente como CLORETO DE SÓDIO  e sua fórmula química é NaCl. 

Após a coleta do sal por processo manual, como raspagem e trituração,  é adicionado ao mesmo uma quantidade de iodo na forma de Iodeto de potássio - KI, que serve para prevenção das doenças da tireóide e evita os distúrbios por deficiência de iodo (DDI).  

O iodo participa da formação de dois hormônios desta glândula, são eles: TIROXINA e TRIIODOTIROXINA, que agem sobre o sistema nervoso e cardiovascular. 

A quantidade de iodo recomendada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é de 20 a 60 mg por kilo de sal para consumo humano.

 O sal marinho é rico em iodo, mas devido ao seu processo de refino, há uma grande perda deste mineral, sendo recomendado também a complementação do iodo.

O sal é muito utilizado como tempero para acentuar o sabor dos alimentos. Em tempos onde não havia refrigeradores utilizava-se este sal para conservar os alimentos.

O consumo de sal em excesso é prejudicial ao organismo humano devido a isto deve-se utilizá-lo com moderação.

 Atualmente é comum encontrar no mercado o Sal light , que é uma mistura com partes iguais de cloreto de sódio e cloreto de potássio, o teor de sódio reduzido torna-o mais indicado para pessoas que sofrem do coração.